Uma cena lamentável, um advogado entrou, por engano, num elevador destinado as autoridades, nas dependências do TRT – Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região, e foi abordado pelos seguranças do Tribunal, que não tiveram muita paciência ao lidar com o fato e trataram o advogado de forma ríspida, criando um tumulto desnecessário.
Como foi tratado de forma inapropriada o advogado se recusou a apresentar sua credencial de advogado, fato que irritou os seguranças que algemaram o advogado e o levaram para a Delegacia de Polícia, onde o caso foi registrado.
Segundo o Dr. Lívio, presidente da AATSP – Associação dos Advogados Trabalhistas do Estado de São Paulo, as algemas só foram retiradas no 4º Distrito Policial de São Paulo, pelo próprio delegado de plantão, logo que o advogado se identificou.
O caso não foi negado pelo Tribunal, inclusive informa que o episódio foi registrado um BO – Boletim de Ocorrência, por desacato à autoridade.
A AATSP enviou um ofício ao TRT da 4ª região solicitando mais informações acerca do caso para tomar as providências que forem necessárias em apoio ao advogado envolvido no incidente.
Já os seguranças asseveram que o advogado foi grosseiro com eles, proferindo insultos, chamando-os de “moleques”, além de ter se recusado a se identificar, sendo o que motivou os seguranças a tentarem retirar o advogado do elevador, e como houve recusa, o advogado foi imobilizado e algemado.
O presidente da OAB-SP disse que fará uma apuração do caso para tomar as providências cabíveis, até porque entende que os seguranças do TRT não são legítimos, pois não estão respaldados no artigo 144 da Constituição Federal.
(Matéria escrita e publicada pelo Advogado Sérgio Marcelino Nóbrega de Castro).