O STJ decidiu por 12 votos a 1 pelo recebimento da denúncia contra o Desembargador do Rio de Janeiro, Siro Darlan

Agora, o desembargador foi transformado em réu na suposta venda de decisões judiciais.

O crime atribuído ao desembargador Siro Darlan na denúncia do MPF - Ministério Público Federal é por cometimento do crime de corrupção passiva no processo que apura a venda de decisão judicial no Plantão do TJRJ - Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro.

Na denúncia que conta com mais duas pessoas envolvidas no caso, o STJ - Superior Tribunal de Justiça decidiu recebê-la por 12 votos a 1, atendendo ao pedido do MPF - Ministério Público Federal, que acusa o magistrado de ter recebido R$ 50.000,00 como pagamento de uma concessão de liminar que determinou a liberdade de um empresário no em 2015.

Consta ainda na decisão que o magistrado continuará afastado da função de desembargador.

De acordo com o relator do processo, ministro Luís Felipe Salomão, além do caso deste processo, o desembargador também é investigado em outro inquérito por supostamente participar de organização criminosa, pelo cometimento do mesmo crime, ou seja, venda de decisões.

O ministro Luiz Felipe Salomão ratificou o afastamento cautelar do desembargador, com o argumento de que o retorno do magistrado as suas funções poderia causar um descrédito ao Poder Judiciário, exatamente no Poder que deveria estar combatendo o crime.

E assim asseverou: “Há elementos no sentido de que essa venda em plantões, ao que tudo indica, não se restringiu ao caso da liminar deferida, mas existindo elementos a indicar a negociação em outras decisões, o que vai ser apurado oportunamente”.

É lamentável um Estado como o Rio de Janeiro ser espaço para tantos atos de corrupção, já tendo vários ex-governadores alvos de denúncias de corrupção e agora o Poder Judiciário entra no campo das investigações, numa demonstração clara de que às ramificações da corrupção demonstram ser uma lógica sistêmica.

(Matéria escrita e publicada pelo advogado Sérgio Marcelino Nóbrega de Castro).

Publicado em 16 de setembro de 2020

Perguntas Relacionadas

Confira as vantagens

Cadastrados no Portal Justiça podem ter seu perfil profissional. Com um endereço exclusivo jurista.me/seunome. Seu perfil servirá para você ser encontrado por possíveis clientes através do Portal Justiça. Nele é possível informar suas áreas de atuação, mostrar sua trajetória, adicionar informações de contato e muita coisa ainda está por vir!

Para quem não é jurista, pode retirar suas dúvidas com os juristas do Portal Justiça na seção de perguntas.

Além disso, juristas terão acesso a notificações em Diários da Justiça sem nenhum custo. Para mais informações clique aqui

Temos muitas novidades ainda por vir, cadastre-se para receber notificações dos nossos lançamentos.

Abaixo um exemplo de como pode ficar seu perfil profissional no portal justiça:

Clique aqui para fazer o seu cadastro