A vendedora Vânia Basílio Rocha, de apenas 18 anos, matou o ex-namorado durante uma transa. Após ser presa a mãe disse que não contrataria um advogado particular para retirar a filha da cadeia, que ficou em cela isolada no Presídio Feminino de Vilhena-Rondônia.
A genitora da garota informou que faria tudo por ela, alegando que a ama incondicionalmente, mas, que ela deveria se defender através de defensor público.
Declarou ainda, que a filha deve pagar pelo que fez, já que o justo é arcar com a responsabilidade de seus atos.
Apesar de fazer declarações e opiniões sobre o ocorrido, preferiu não se identificar.
Segundo apurações sobre o caso, a jovem no dia 30 de dezembro de 2015 fez uma lista com três nomes de futuras vítimas, confessando na polícia que queria matar alguém e que ficou assistindo a morte do rapaz olhando “olho no olho”.
Marcos Catanio Porto, que trabalhava como “editor de vídeos”, mas, estava desempregado, foi convidado pela garota para visitá-la em sua residência, e aceitou o convite, sem saber que estava sendo levado para à morte, pois durante o ato sexual foi assassinato a facadas.
Houve muita polêmica acerca de uma postagem compartilhada por Vânia de um blog para a sua página no facebook, na qual dizia: “Eu não fui uma má namorada, você quem me tornou”.
Segundo informações da mãe da garota, prestadas na polícia civil, em visível estado debilitado, afirmou que a moça apresentada um comportamento normal no convívio com a sua família, não entendendo a motivação para um ato de violência dessa natureza.
Através de informações de postagens nas redes sociais o irmão da vítima disse não acreditar no que aconteceu, e pede justiça, alegando que a moça iria prestar contas com DEUS.
Sem advogado particular a garota está sendo representada pela defensoria pública do Estado de Rondônia, que pediu que a garota fizesse um exame de sanidade mental, em virtude da forma como o crime ocorreu.
A defesa de Vânia após colher informações, depoimentos e entrevistas durante a instrução processual, entende que a garota sofre de distúrbio mental, e que no momento do crime não tinha consciência dos seus atos, sendo inimputável.
Se a defensoria não conseguir provar através do laudo pericial que a garota sofre de problemas mentais, certamente será julgada pelo Tribunal do Júri, do contrário será submetida a medidas de segurança.
O laudo pericial sobre a vítima informa que o rapaz sofreu 11 facadas, mas, a que o matou foi produzida no pescoço, já que atingiu a jugular provocando um choque hipovolêmico, que significa uma perda muito grande de sangue, e as demais nos braços, pernas, mão e abdômen.
A moça já se submeteu a dois exames de sanidade metal, e no realizado por último no mês de abril, já não sorria como no anterior, mas, respondeu às perguntas de forma tranquila e fria, não chorou nem demonstrou remorso ou arrependimento pelo bárbaro crime.
Aguarda-se o desfecho da ação penal que tramita na Justiça Criminal de Rondônia, sendo certo que o resultado do laudo pericial psiquiátrico será decisivo para o caso.
(Matéria escrita e publicada pelo Advogado Sérgio Marcelino Nóbrega de Castro).