Sérgio Marcelino

Que tiro foi esse?

A população brasileira sofre e se diverte com o mesmo jargão.

Vivemos uma época em que as pessoas perderam o “senso comum” sobre os fatos ocorridos que deveriam ser reprováveis e jamais levados na brincadeira ou soprados com ares de gozação.

Atualmente alguns seres humanos, no afã de conseguirem uns “cliques de visualizações” para angariar um minuto de fama, esquecem da origem do problema e passam a dissipar alegorias em sentido inverso ao que deveriam se concentrar.

Quando uma pessoa grita em alto som dizendo: Que tiro foi esse? E em seguida cai propositadamente no chão de um Shopping Center, com alguém filmando a situação, para posteriormente colocar o vídeo de péssima qualidade nas redes sociais, esquece-se que esse grito foi vociferado por centenas de pessoas no Brasil, na agonia de terem sido alvejados por uma bala, que dizem “perdida”, mas, que na verdade foi “achada”, pois encontrou a vítima no seu trajeto vil e assassino nas guerras de Gângsteres.

Será que perdemos os sentimentos de piedade e solidariedade em relação aos nossos compatriotas? Ou não estamos dando a mínima aos casos em que não estão envolvidos familiares ou nós mesmos?

Como será que o familiar de uma vítima de uma “bala perdida” vê essa brincadeira, que para ela não trata-se de uma gozação, mas, uma situação lamentável que deixou uma família toda enlutada, só podendo agora rever os seus entes queridos nas fotos e na lembrança que deixaram numa lacuna imensurável da alma que sofre a ausência do abraço apertado daqueles que amam?

Por não levarmos a sério os problemas brasileiros, e sempre estarmos rindo de nós mesmos, é que os políticos desonestos estão saqueando os cofres públicos, sem que  a população produza um resultado efetivo na mitigação do problema que rouba a saúde, a paz e dignidade do brasileiro.

A criminalidade no Brasil cresce exponencialmente por culpa dos governantes, inoperantes e preocupados apenas com as suas contas bancárias, mas, a culpa maior é nossa que entregamos os cofres públicos aos larápios que elegemos, muitas vezes, por alguns tijolos ou uma consulta médica de graça.

Basta! Vamos deixar de nos divertir banhando-se no no sangue das vítimas de "balas perdidas".

Acorda Brasil! Deixa de brincadeira com coisa séria. As eleições estão chegando, será o momento de repararmos nossos erros, votando em pessoas comprometidas com a honestidade e a competência e que tenham emoções e não cifrões no coração.

(Artigo escrito e publicado pelo Advogado Sérgio Marcelino Nóbrega de Castro).

Sérgio Marcelino
Escrito em 18 de fevereiro de 2018, por Sérgio Marcelino Advogado militante há 30 anos, atuando nas áreas cível, família, consumidor, trabalhista e criminal. Recebeu em 2004 a láurea de "melhores da advocacia do Brasil", representando a Paraíba. Em 2010 recebeu o prêmio "Heitor Falcão".

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